Em projetos de diagramação com grandes quantidades de texto como revistas, jornais e livros, podem ocorrer as linhas viúvas, órfãs e forcas.
Estes fenômenos estão relacionados à maneira como os parágrafos se agrupam na página, gerando linhas indesejadas e até mesmo pequenas palavras soltas no fim de um texto.
O que são Linhas Órfãs?
Linha órfã é a primeira linha de um parágrafo que fica sozinha na parte inferior de uma página.
Veja no exemplo abaixo como um parágrafo começa com apenas uma linha no fim da página e o restante foi empurrado para a página seguinte.
Uma alternativa para memorizar o que são as órfãs é lembrar que ela está no começo da vida (começo do parágrafo) e ficou sozinha quando seus pais se foram (foram para a página seguinte).
O que são linhas viúvas?
De modo semelhante à linha órfã, a linha viúva é a última linha de um parágrafo, que é impressa sozinha no começo da página, como mostro no exemplo abaixo.
Eu costumo memorizar da seguinte forma: a viúva está no final da vida (é o final do parágrafo) depois que seus entes ficaram para trás (estão na página anterior).
O que são Forcas?
Além dos casos onde ocorrem linhas órfãs ou viúvas, podem acontecer as denominadas forcas, que são sílabas de palavras hifenizadas, que ficam soltas no final ou no inicio de uma coluna ou página.
Veja no exemplo abaixo que a palavra foi hifenizada, deixando apenas algumas sílabas no final do parágrafo.
Embora estes fenômenos também sejam empregados de forma proposital em alguns projetos, a sua inobservância pode deixar o resultado feio, esquisito e com um ar de que “está faltando alguma coisa”.
Sabe quando você olha para um projeto e não consegue perceber o que está errado? Podem ser as linhas viúvas, órfãs ou as forcas.
Como evitar as linhas viúvas, órfãs e as forcas?
A maioria dos aplicativos de edição de texto ou de layout de páginas possui recursos para evitar que estes fenômenos aconteçam.
Geralmente posicionados junto aos recursos de formatação de parágrafo, são comumente identificados como “equilibrar parágrafos” ou “otimizar parágrafos”.
Você também pode utilizar outros recursos para ajudar a contornar este tipo de problema, como por exemplo, habilitar a hifenização ou explorar as opções de construção de texto do aplicativo que estiver usando.
Usar o alinhamento justificado também ajuda a reduzir o efeito na maioria das vezes, mas eu recomendo que ele seja usado em conjunto com a hifenização, para evitar os “caminhos de rato”, que são espaços em excesso no meio do texto.
Na pior das hipóteses, quando os recursos automáticos e de hifenização não derem certo, pode ser uma boa alternativa revisar o texto para aumentar ou diminuir o número de palavras ou até mesmo trocar algumas por sinônimos.
Onde aprender mais sobre isso?
Os conceitos que você acabou de aprender são muito utilizados em projetos de design editorial, aquele onde o designer desenvolve projetos gráficos para jornais, livros, revistas, pranchas de arquitetura entre outros.
A principal ferramenta de design editorial da atualidade é o Adobe InDesign, um software poderoso usado por designers do mundo todo.
Se você quer aprender mais sobre estes conceitos, termos e técnicas para a construção de projetos de design editorial, eu te convido a conhecer o meu curso de InDesign.
Nele, além de criar projetos gráficos de verdade, você vai desenvolver uma habilidade que é valorizada no mercado criativo, e que pode te garantir ótimas oportunidades de faturar uma grana com a sua arte.
O curso é feito tanto para quem nunca viu o InDesign na vida quanto para quem já trabalha no ramo e gostaria de aprender novos recursos e abordagens.
Com foco no mercado de trabalho, a gente vai aprender aula a aula, módulo a módulo, as técnicas e boas práticas para construir projetos de design inovadores.
Como corrigir linhas viúvas, órfãs e forcas no InDesign?
Se você quiser saber como corrigir estes fenômenos usando o InDesign, eu fiz um tutorial sobre isso que você pode conferir abaixo.
Espero que tenha gostado das dicas e que elas lhe sirvam para aprimorar seus futuros projetos.
Artigo maravilhoso, Liute, gratidão. Já compartilhei para os amigos!
Muito obrigado Viviane. Fico muito feliz em ajudar.
Excelente artigo, parabéns
Muito obrigado Jessica! 😉
Muito esclarecedor e didático. Não conhecia o conceito de “forca”. Intuitivamente, sempre achei o fenômeno feio, mas não sabia que havia um nome para isso 🙂
Muito obrigado Leandro. Fico feliz que tenha gostado. 🙂
Muito bom! Excelente texto, amigo.
Muito obrigado amigo Walter!!!
Um abraço!
Estava falando sobre estes conceitos por estes dias em grupo de design gráfico. Excelente conteúdo, como de costume Liute!
Valeu Douglas!!!
Liute, boa noite. Este artigo está sensacional e aborda um detalhe importante da editoração. Obrigado. Essas derrapadas infelizmente são mais frequentes do que deveria. Tenho certeza de que suas dicas podem ser muito adequadas e servir de alerta para profissionais que desejem aprimorar seus conhecimentos. Saúde e paz, Liute. Roberto Barros. Jundiaí SP.
Fico muito feliz em ajudar Roberto. Um abraço!